Lê-me. Tacteaste os meus ombros de mel e de fel. Confrontei-te meu amor, não sou apenas malmequeres e doce de morango. Sou fogo implacável, quase certeiramente. Doo-me às vontades e desejos envaidecidos que perfuram a minha impetuosa personalidade. Sou assim sem saber bem o que isso implica (ingenuamente?). Aquece-te meu amor, vais moldar a tuas mãos ásperas e calejadas aos meus ombros insinuadoramente agridoces.
Nunca profiras, pelo meio de conversas dispersas e erradas, que o meu olhar é um espelho partido. Quanta ingratidão, será que desvaneceram das tuas páginas os tempos em que te adormeci no meu colo? Tu, imperador dos meus sentidos, deixavas-te ir com a noite, assim que o pranto de agonia era derrubado pela minha eterna presença. Incondicionalmente, varri lágrimas e destroços e criei desejo em ti. Não me apontes nunca um único ponto, não queiras perder razão e ciência.
Respira-me. Forma de sobrevivência, tua e minha, ou será somente de um só ser? Não necessito de delicadeza, apenas necessito que me prendas a ti, por tudo o que é mais sagrado, meu amor. Juro que nunca desafiaremos a linha ténue que nos separa da trivialidade.
Nunca profiras, pelo meio de conversas dispersas e erradas, que o meu olhar é um espelho partido. Quanta ingratidão, será que desvaneceram das tuas páginas os tempos em que te adormeci no meu colo? Tu, imperador dos meus sentidos, deixavas-te ir com a noite, assim que o pranto de agonia era derrubado pela minha eterna presença. Incondicionalmente, varri lágrimas e destroços e criei desejo em ti. Não me apontes nunca um único ponto, não queiras perder razão e ciência.
Respira-me. Forma de sobrevivência, tua e minha, ou será somente de um só ser? Não necessito de delicadeza, apenas necessito que me prendas a ti, por tudo o que é mais sagrado, meu amor. Juro que nunca desafiaremos a linha ténue que nos separa da trivialidade.