Escorrem gotas, pingam do nada que sou para o infinito.
Escorrem velhas gotas frias e arrependidas, que quando eram jovens ferviam e precipitavam-se.
Escorre um gota pela minha nuca, que me fere até às lágrimas, que me desespera, que te tira de mim.
Escorrem gotas quentes que serpenteiam desde a minha gasta alma até ao teu indiferente coração.
Escorrem gotas vermelhas de ausência, do vazio e do absoluto que já fui, da irrelevância que agora sou.
Uma pequena gota de atracção, afasta de mim o cinzento carregado.
Fazes-me chorar. És emocionante!
ResponderEliminar«Escorrem gotas quentes que serpenteiam desde a minha gasta alma até ao teu indiferente coração.» - incrível
Ana Ç