domingo, 26 de julho de 2009

Vertigem


Sempre que me encontro entre um ou dois enganos, chegas e alteras-me o passo. Suspiro pelo ritmo elevado, alta velocidade e correria de viver, porque teimas em atrasar-me? Surges com essa atitude plena em confiança e manipulas-me. Desfazes-me as vontades e certezas e deturpas-me a determinação. Mas quem ousas ser para enxovalhares a minha sentimentalidade e comandares-me a teu bel-prazer? Não me digas que usas essa tua habilidade ingenuamente, não me convences, eu sei que sabes e pensas um passo à frente do resto do Mundo. Não me tenhas como certa durante muito mais tempo, as tuas disposições dizem-me cada vez menos. Será que te incomoda esta ideia? Estou a escapar-te por entre os dedos e de nada vale essa tua segurança toda. Vai doer-te quando olhares para trás e eu já não estiver na tua sombra, vais lamentar um dia não me teres chamado amor.

2 comentários:

  1. "Vai doer-te quando olhares para trás e eu já não estiver na tua sombra, vais lamentar um dia não me teres chamado amor." - adoro palavras rudes, frias, ocas! A meu ver não há sentimento mais puro e verdadeiro do que a revolta e a dor, se não existissem não existiriam também as grandes obras artísticas, quer sejam literárias ou de outro qualquer género. Arrepiei-me com a frase, adorei o rancor com que a palavra "amor" é proferida.
    Continuas fantástica, a escrever cada vez melhor. A minha admiração por ti cresce de dia para dia!
    Amo-te sempre!!

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  2. E este tocou-me nalgum recanto escondido mas muito certo
    Ele vai lamentar por mim tamém

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