domingo, 6 de setembro de 2009

Philippe


Entristeces-me. Sinto os olhos tão pesados, como se carregassem o mundo ao colo. Milhares de névoas impedem-me de vislumbrar o horizonte. Tenho um nó na garganta, que me fraqueja a voz, que me fraqueja a alma. O sol brilhante lá fora queima a minha pele, mas congela-me. Eu já não te quero, só te amo à distância. Querer-te implicaria viver o pior de mim, a serpente que eu fui, as cascavéis que me rodeavam. Prefiro assim, amar-te porque sobre ti não sei nem imagino sentir outra coisa. Amar-te ontem enriqueceu-me, amar-te hoje entristece-me.

3 comentários:

  1. Ouvi em algum lado que só se deve amar até que esse amor não nos faça sofrer. Se te entristeces amar, não ames, deita-te, espera. Um novo amor irá surgir e alegrar-te tal como mereces mais do que qualquer outra pessoa.
    O texto está divino!
    Sempre aqui (L)

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  2. «Eu já não te quero, só te amo à distância. Querer-te implicaria viver o pior de mim, a serpente que eu fui, as cascavéis que me rodeavam. Prefiro assim, amar-te porque sobre ti não sei nem imagino sentir outra coisa. Amar-te ontem enriqueceu-me, amar-te hoje entristece-me.»


    Percebes agora todos os meus textos? Resume-se tudo a isto: ao mal que ele me faz, ao mal que o meu amor por ele me faz. Não é só a separação que magoa, mas sim o que me levou a ela.

    Penso que tu, tendo em conta este texto, me compreendes.

    um beijinho Cláudia
    fantástico como sempre

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  3. :x passa a vida a acontecer.
    pode ser que amar amanhã seja melhor .

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