domingo, 10 de janeiro de 2010

Storm


Janeiro nunca foi meu, nunca prometeu, sempre duvidou. Janeiro provocou-me o grande amor, único de uma vida, só me sufocou.
Quis-te abraçar Janeiro, mas nunca permitiste, sempre me afastaste. Desejei o teu beijo intensamente, e em troca deste-me espinhos, algumas rosas murchas, outras queimadas pela neve.
Em Janeiro delirei, afoguei-me em gotas de insanidade e depressa mergulhei no incerto. Já me construí, já me ruí.
Janeiro, que tantas mágoas me ofereceste, e agora à loucura te rendeste. Sou eu que te possuo agora, vem agora, impotente, ver-me erguer de novo.

4 comentários:

  1. depois da conversa que tivemos há cerca de uma hora nunca pensei que ainda fosse chorar esta noite. juro-te, só podes estar dentro de mim, transcreves na perfeição os meus sentimentos; mil vezes melhor do que eu se o tentasse fazer. sempre detestei janeiro, aliás, janeiro tira-me tudo, deixa sempre a duvidar, como dizes tu. este texto gelou-me, arrepiou-me, arrancou-me lágrimas (como é costume quando és tu a escritora que se trata).
    o remate final foi o facto de não ter lido o título antes de ler o texto. quando finalmente li "storm" morri, estou a ouvir essa música repetidamente em versão acustica desde que desligamos o telefone.
    janeiro assusta-me, é melhor parar, deixá-lo passar e depois voltar. talvez no último dia realmente nos faça erguer ou então não... tentaremos fevereiro que é mais pequeno e menos frio, sem desistir. lembra-me disso quando eu não me quiser lembrar que sempre, mas sempre te recordarei quando quiseres esquecer.
    nunca me deixes, sem ti NADA faz sentido. os meus dias são mais felizes porque estás ao meu lado.

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  2. Senti tanta, mas tanta garra.
    Janeiro passará e brilhará um novo mês*
    Confia.

    beijinho

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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