sexta-feira, 3 de abril de 2009

Soprar


Hoje vi uma estrela cadente. Logo recordei o teu sorriso e a forma como gesticulas inatamente enquanto falas.

Foi fogo. Fogo que incendiou as fronteiras que me resguardavam e me cercou. É ligeiramente agradável e simultaneamente doloroso sentir-te. Eu já não penso, apenas sinto. Sinto os teus olhos pousados nos meus, cheios de uma ternura que para ambos é novidade. Sinto o subtil toque da tua mão na minha, que suavidade sublime e memorável! Sinto os teus lábios na minha face, e ainda mais intensamente sinto as sensações incontroláveis que trepam por todos os meus poros. É um rebuliço que em nada me espanta.

Se quiseres, finalizamos aqui. O sentir já me consola, embora tudo em mim deseje mais, muito mais. Quem sabe um dia a maresia me sussurre a tua confissão.

Por agora, eu procuro-te com os sentidos, e da mesma forma luto por ti.





Veremos juntos o incendiar das estrelas cadentes?

Pergunta ao luar espelhado em mim.

4 comentários:

  1. «Se quiseres, finalizamos aqui. O sentir já me consola, embora tudo em mim deseje mais, muito mais.»

    Também me revi nesta frase ;)
    Da minha escola? :O

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  2. Já olhei para a tua foto várias vezes e não consigo associar...é pena...mas quando me vires por lá podes vir ter comigo e já nos ficamos a conhecer ^.^

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  3. "Por agora, eu procuro-te com os sentidos, e da mesma forma luto por ti."
    Quero dizer que és a miúda mais fantástica que conheço, tens tudo!
    Maravilhoso texto, memorável.

    Amo-te, sempre!

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