
11-02-2009, esboço do que marcou a minha eterna inocência:
É-me difícil imaginar alguma coisa sem ti. É o teu perfume presente matinalmente, o teu sorriso pronto e o beijo na minha face, assim se vai desfiando o meu dia-a-dia. Ainda sinto o rosto húmido, não das já banais lágrimas, mas da tua última mordidela carinhosa.
Isto não pode ser mais nada a não ser amor. Amor abafado, reprimido, esmagado. Amar alguém que ama outrém.
Como eu gostava de te amar abertamente. Começava por te beijar os olhos e abraçar-te no infinito dos teus lábios. Agarrar o teu sorriso e fechá-lo em mim.
Quero-te feliz, leio-te a alma e não te sinto. Já nem sabes o que significa um imprevisto.
Vê-me aqui, meu mundo. Antes de tudo, quero partir a realidade aos pedaços e devolver-ta transformando-a em fogo.
Ser eu mesma sendo nós. É doloroso, deixa-me repousar num mar de doçura.
Mas é tudo tão lento porque estás longe. Saber onde andas causa-me náuseas. Entregue a um corpo que não é o meu, tudo é frio e dormente.
Embala-me meu tudo, esta noite vai ser conturbada se não estiveres comigo.


















